A celebração do Dia de Finados é uma oportunidade para fazermos uma reflexão sobre a vida. Nesse dia em que fazemos memória dos fiéis defuntos, a Paróquia Sant'Ana, mais um ano prepara uma programação especial.
A programação tem início com a primeira Missa a ser celebrada, às 7h da manhã, na Igreja Matriz de Sant'Ana. À tarde, às 17h, um louvor será realizado no Cemitério Bom Jesus, no centro de Igarapé-Miri, com o pároco padre Denes Lima e banda de Sant'Ana. Uma outra Missa será celebrada às 19h, na Igreja Matriz de Sant'Ana.
Os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha), no séc. VII, e em Fulda (Alemanha), no séc. IX. O verdadeiro fundador da festa, porém, é Santo Odilon, abade de Cluny (França). A festa propagou-se rapidamente por todo estado francês e pelos países nórdicos. Foi escolhido o dia 2 de novembro para ficar perto da comemoração de todos os santos.
Muitos documentos dos primeiros séculos da Igreja nos garantem esta prática. Por exemplo, a Didaqué (ou Doutrina dos 12 Apóstolos), do ano 100, já mandava oferecer orações pelos mortos. Nas Catacumbas de Roma os cristãos rezavam sobre o túmulo dos mártires suplicando a sua intercessão diante de Deus. Tertuliano (†220), Bispo de Cartago, afirmava que a esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágio todos os dias aniversários de sua morte (De monogamia, 10).
Nos seus ensinamentos, o Papa João Paulo II ensinou-nos que “a Igreja do Céu, a Igreja da Terra e a Igreja do Purgatório estão misteriosamente unidas nessa cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus.” (Reconciliatio et poenitentia, 12) João Paulo ainda nos ensinou que “… os vínculos de amor que unem pais e filhos, esposas e esposos, irmãos e irmãs, assim como os ligames de verdadeira amizade entre as pessoas, não se perdem nem terminam com o indiscutível evento da morte. Os nossos defuntos continuam a viver entre nós, não só porque os seus restos mortais repousam no cemitério e a sua recordação faz parte da nossa existência, mas sobretudo porque as suas almas intercedem por nós junto de Deus” (02/11/94).